quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Relatório Boto

As plantas são responsáveis pela realização dos processos de transpiração e fotossíntese e para que estes ocorram elas necessitam de um ambiente limpo, ou seja, sem  excesso de CO2 . Quando a concentração desse gás na atmosfera está muito alta ele passa a se tornar um tóxico para os vegetais que, por conseguinte, fecham seus estômatos e param de realizar suas atividades fisiológicas vitais, como por exemplo, a fotossíntese e a respiração. O resultado disso seria um extermínio de grande parte da biomassa vegetal de nosso planeta, que não conseguiria sobreviver numa atmosfera saturada de gases como CO2 e CH4, que são alguns dos gases do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global.
O aquecimento global é uma conseqüência das alterações climáticas ocorridas no planeta decorrente das grandes concentrações de gases do efeito estuda (CO2, CH4) como resultado das atividades humanas como queima de combustível fosseis e desmatamento, causando assim o recuo das geleiras, enchentes e secas ao extremo.
Para equilibrar a concentração de CO2 planeta a natureza conta com a importante atuação das algas do fitoplâncton (superfície do mar): são todas unicelulares e clorofiladas e, por liberarem o oxigênio na atmosfera durante sua fotossíntese, são consideradas o “pulmão do planeta”, responsável por  90% do oxigênio liberado na atmosfera. Os efeitos não são imediatos, mas devemos ter em mente que, se as emissões desses gases poluentes não forem drasticamente diminuídas, sofreremos graves mudanças no clima e na vida de todos os seres que habitam nosso planeta.
A temperatura nos oceanos depende da atividade molecular, podendo ser variada horizontalmente e também verticalmente. A temperatura tem um papel fundamental nos ciclos vitais, pois regula a velocidade do metabolismo, também existem duas variáveis básicas: a radiação solar e a distribuição de águas e terras.
 O desmatamento das espécies nativas pode causar diversos prejuízos à natureza, como a redução da biodiversidade, erosão, aceleração do efeito estufa. As florestas são grandes reservas de carbono, que guardam o carbono em sua estrutura orgânica. Ao queimarmos essas florestas, quase todo o carbono absorvido pelas plantas volta à atmosfera, causando considerável aumento no efeito estufa, tornando o planeta ainda mais quente. Ele também é capaz de provocar prejuízos socioeconômicos como a redução do turismo, comprometimento da qualidade da água (que pode se tornar imprópria para consumo devido ao acúmulo de matérias trazido através dos processos de erosão e lixiviação), perda de potencial hídrico e genético (com a redução da variedade das gerações de plantas elas acabam cruzando sempre com a mesma linhagem o que causa um enfraquecimento da espécie), migração das poluções vegetais e animais, etc.
Qualquer atividade, quando realizada sem os devidos cuidados, acaba gerando prejuízos ao meio ambiente. A atividade mineradora pode comprometer os rios e lençóis freáticos, além de causar enfraquecimento do solo e fuga de animais. A agricultura e a pecuária, podem causar danos quando são introduzidas espécies novas. Se essa inserção não for controlada, pode causar a morte das espécies nativas e desequilibrar o ecossistema local.
As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura conseqüência desse fenômeno.
O método cientifico não é um procedimento lógico, algorítmico, rígido, não é uma receita, uma seqüência linear de passos que necessariamente conduz a uma descoberta ou, pelo menos, a uma conclusão ou a um resultado.
Os métodos podem ser classificados em dois grupos: os dos que proporcionam as bases lógicas da investigação científica e o dos que esclarecem acerca de procedimentos técnicos que poderão ser utilizados. Podemos incluir nesse grupo os métodos indutivos e dedutivos.

Na pratica, muitas vezes, o cientista procede por tentativas, vai numa direção, volta, mede novamente, abandona certas hipóteses porque não tem equipamento adequado, faz uso da intuição, dá chutes, se deprime, se entusiasma, se apega a uma teoria. Enfim, fazer ciência é uma atividade humana, com todos os defeitos e virtudes que o ser humano tem, e com muita teoria que ele tem na cabeça. Conceber o método cientifico como uma seqüência rigorosa de passos que o cientista segue disciplinadamente é conceber de maneira errônea a atividade cientifica.

Historiadores, filósofos e sociólogos da ciência aceitam quase que universalmente que não há nenhum algoritmo para obter ou validar conhecimento cientifico, pois não há regras para guiar o cientista durante o processo de descoberta cientifica. Se existissem regras, então a ciência seria uma caixa preta geradora de conhecimento, cuja manivela acionaríamos para produzir novo conhecimento cientifico à vontade. (MILLAR; DRIVER, 1987)
 Os dois métodos têm finalidades diversas. O que irá definir o tipo de método que deverá ser usado é o objeto que será investigado e as proposições que irá ser descobertas.

Pesquisa de campo: observação de botos na baía do Pontal.  Foto: Karla

Para divulgar os resultados de suas pesquisas, os cientistas contam com alguns periódicos especializados. Estes passam por uma avaliação da CAPES e formam um banco de dados que pode ser consultado através do endereço eletrônico (http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp). Além do Portal Periódico Capes, também podem ser consultadas as publicações acadêmicas das Universidades (USP, UFSC, Uesb, UFBA e outras), Scielo e:


1-                 Revista Brasileira de Biociências
·                     ISSN impresso: 1679-2343
·                     ISSN eletrônico: 1980-4849
·                     Área: Biociências
2-Revista Brasileira de Agra ecologia
·                     ISSN impresso:
·                     ISSN eletrônico: 1980-9735
·                     Área: Interdisciplinar
3 Biologia geral e experimental
Editor(es) Científico(s):
Universidade Federal de Sergipe (UFS) Área(s):
Ciências Biológicas (Geral)
Medicina Veterinária
Tipo de Material: Periódicos com texto completo Forma de Aquisição: Livre acesso Analisado JCR 2008: não Editor/distribuidor: Outros editores    ISSN:  1519-1982    e-ISSN: 1980-9689 Período disponível: 2000 – presentes
Editor(es) Científico(s):
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Área(s):
Ciências Biológicas (Geral)
Ciências Agrárias (Geral)
Geociências. Meteorologia
Tipo de Material: Periódicos com texto completo
Forma de Aquisição: Livre acesso
Analisado JCR 2008: não
Editor/distribuidor: Outros editores    ISSN:  1519-5228
Período disponível: 2001 - presentes

Editor(es) Científico(s):
Museu de Biologia Mello Leitão (MBML)
Área(s):
Botânica
Zoologia
Ecologia
Tipo de Material: Periódicos com texto completo
Forma de Aquisição: Livre acesso
Analisado JCR 2008: não
Editor/distribuidor: Outros editores    ISSN:  0103-9121
Período disponível: 1992 - 2008

Editor(es) Científico(s):
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Curso de Biologia
Área(s):
Ciências Biológicas (Geral)
Ciências Agrárias (Geral)
Tipo de Material: Periódicos com texto completo
Forma de Aquisição: Livre acesso
Analisado JCR 2008: não
Editor/distribuidor: Outros editores    ISSN:  0102-2067    e-ISSN: 1980-590X
Período disponível: 2004 - presentes

Editor(es) Científico(s):
Instituto Internacional de Ecologia
Área(s):
Ciências Biológicas (Geral)
Tipo de Material: Periódicos com texto completo
Forma de Aquisição: Livre acesso
Analisado JCR 2008: não
Editor/distribuidor: SciELO Scientific Electronic Library Online    ISSN:  0034-7108    e-ISSN: 1806-9606
Período disponível: 1998 - 2001
Nota: Continuado, a partir de agosto de 2001, por Brazilian Journal of Biology.



Referências Bibliográficas:

·MILLAR, R.; DRIVER, R. Beyond processes. Studies in Science Education. Driffield, v. 14, p.
33-62, 1987.


Sites

http://www.projetobotocinza.com.br/
http://www.ipecpesquisas.org.br/
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/mamiferos/boto-cinza_(sotalia_fluviatilis).html
http://golfinhos.paginas.sapo.pt/golfConst.html
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-81752006000300008&script=sci_arttext

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SOTALIA GUANENSIS (BOTO-CINZA)

Foto: http://www.projetobotocinza.com.br/portugues.htm

SOTALIA GUANENSIS (BOTO-CINZA)
Família: Delphinidae
Nome específico: Sotalia guanensis/ sotalia fluviales
Nome comum: boto-cinza
Distribuição: Existem dois tipos para essa espécie: o marinho e o fluvial. A forma marinha do boto-cinza ocorre em regiões tropicais e subtropicais costeiras da América do Sul e Central comprovadamente desde a Nicarágua até Santa Catarina, apresentando, possivelmente, uma distribuição contínua. Costuma ocorrer em baías e desembocaduras de rios, em águas turvas. É a espécie típica da Baía Norte (SC), Baía de Guaratuba (PR), Baía da Guanabara (RJ) e Baía de Todos os Santos (BA). A forma fluvial é endêmica ocorrendo nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
Peso, medidas e características: O comprimento médio é de 1,7m e o máximo de 2,2m. Trata-se de um dos menores cetáceos. O peso médio é de 60 Kg. O corpo é pequeno. O rostro ("bico") apresenta tamanho moderado. Vários tons de cinza, em geral, com o dorso mais escuro e barriga clara (branca, rosada ou amarelada). A nadadeira dorsal é triangular, de tamanho moderado e situado próximo ao centro do dorso. As nadadeiras peitorais são ligeiramente pontudas, de contorno suave. Possui de 52 a 72 pares de dentes pequenos e pouco afiados.
Como nascem e quanto vive: Os botos são considerados animais silvestres (ou selvagens), todos os animais que vivem ou nascem em um ecossistema natural são considerados animais silvestres. Ambos os sexos atingem maturidade sexual com cerca de 1,40m. A gestação dura cerca de 11 meses. Os filhotes nascem medindo de 0,8m a 1,0m. Nas avistagens, é muito comum observar a presença de filhotes nos grupos.
Comportamento e hábitos: Em geral, forma pequenos grupos de 2 a 7 animais embora grandes agregações (150-450 indivíduos) já tenham sido registradas. Tímido e arredio, evita aproximação de embarcações e nada devagar. Não costuma mostrar mais do que o dorso ao se deslocar. Raramente exibe comportamentos aéreos. No entanto, pode surpreender com saltos e surf nas ondas do mar. Os mergulhos são geralmente curtos (30 segundos) e raramente ficam submergidos por mais de 1 minuto Trata-se de um nadador ativo. Nadam em grupos coesos, o que sugere estreitos vínculos sociais. Esse animal, com cerca de 1,6m, aproxima-se com freqüência das embarcações de pesca e permite que as pessoas nadem nas suas proximidades. Os botos demonstram claramente aceitar a presença do cachorro dentro da água, inclusive tocando-o e suspendendo-o acima da superfície. As vocalizações dessa espécie incluem estalos e assobios.
Alimentação: Peixes, lulas e crustáceos.
Identificação Individual : É feita através de marcas e cicatrizes no bordo posterior da nadadeira dorsal. As marcas e cicatrizes ao longo do corpo que os animais adquirem ao longo de suas vidas podem ajudar, como complemento, a identificar distintos indivíduos.
Inimigos Naturais: Provavelmente os grandes tubarões (Família Carcharhinidae).
Ameaças: Por apresentar hábitos costeiros, o boto-cinza sofre forte pressão antrópica como por exemplo a poluição dos mares por metais pesados, efluentes industriais e agrotóxicos, desmatamentos, exploração dos mangues e estuários, o aumento do tráfego de embarcações, o desenvolvimento urbano e a captura acidental em redes de pesca em toda a sua área de ocorrência. Quando ocorrem essas capturas, a carne pode ser utilizada em pequena escala para o consumo e a gordura como isca para a captura de elasmobrânquios em espinhéis. A magnitude e o impacto dessas capturas ainda permanecem desconhecidos. Ainda que tenha sido criada a Área de Proteção Ambiental de Anhatomirim (Decreto 528, de 20/5/92), o turismo desordenado para observação dos boto-cinza também constitui uma ameaça, o turismo poderá vir a causar molestamentos e distúrbios. Em anos recentes tem registro de casos de pessoas alimentando-se de golfinhos selvagens em várias localidades do mundo. Essas atitudes podem ocasionar problemas tais como: mudanças no comportamento natural como na busca de alimentos e quebra de laços sociais; o que pode prejudicar a futura sobrevivência dos animais, perda de cautela e prudência em relação aos humanos - o que coloca os animais em risco, ingestão de alimentos não apropriados ou contaminados e incremento no número de injúrias causadas a humanos.
É muito importante ter presente que apesar de alguns sistemas naturais constituírem grandes reservatórios de Carbono (como o oceano), a dinâmica do seu ciclo é, sobretudo controlada pelos sistemas que têm capacidade de trocá-lo ativamente com a atmosfera, como é o caso da vegetação e do solo. Já o oceano tem baixa capacidade de sumidouro porque a molécula de CO2 não se dissolve facilmente na água e grande parte dos oceanos tem uma baixa produtividade de matéria orgânica, porque as plantas que aí vivem, por exemplo: as algas, são poucas e com a fotossíntese limitada pela falta de nutrientes e pela fraca penetração da luz. Além disso, o aumento da concentração de CO2 nos oceanos, leva a uma acidificação da água, que pode comprometer o complexo ecossistema marinho.
Por outro lado, a fotossíntese que ocorre nas plantas terrestres é responsável pela retenção de carbono atmosférico no material vegetal e, eventualmente, na matéria orgânica no solo. Assim, é claro que ecossistemas com grande biomassa e com o solo pouco perturbado, como as florestas, retêm o carbono numa escala temporal muito maior. Mas as constantes alterações provocadas pela ação do homem nestes reservatórios vêm alterando este ciclo do carbono, ou seja, essa troca. Isso acontece de diversas maneiras. As principais são: a queima de combustíveis fósseis (como petróleo, carvão e gás natural) e o desmatamento (no Brasil, o desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de GEEs).
O fito plâncton compõe entre 50% e 90% da biomassa no oceano, o que dá a idéia da relevância que pode ter a presença ou ausência destes microorganismos no meio marinho.
É a parte do plâncton que é fotossintética. Seria como a parte vegetal, que é a que tem clorofila.  É o principal motor na captação de CO2 da atmosfera e na produção de oxigênio no meio marinho. Por ser organismo fotossintético ele têm uma forte dependência das condições meteorológicas. Assim, a mudança climática afeta principalmente de duas formas.
Uma é que ao aumentar a temperatura de água se impede a mistura de águas profundas, ricas em nutrientes, com as águas superficiais, que é onde se encontra as maiores concentrações de fito plâncton, o que atrapalha sua reprodução. A outra é o aumento da concentração de CO2 na atmosfera. O meio marinho capta em torno de 30% do CO2 emitido na atmosfera e absorve 80% do calor atmosférico.
À medida que o CO2 aumenta, o meio marinho o absorve mais. Em princípio, isto pode parecer positivo, pois o fito plâncton requer esse CO2 para realizar a fotossíntese. No entanto, em concentrações altas demais acontecem processos de acidificação das águas trazendo conseqüências desastrosas para muitas das espécies marinhas, porque as coberturas calcárias dos animais que as requerem necessitam do carbono orgânico.
Ato de transportar o pólen de uma antera (parte em que ele é produzido) até o estigma, é chamado de polinização. Há dois tipos básicos de polinização: a autopolinização e a polinização cruzada. Os agentes naturais (vetores) da polinização são tanto elementos abióticos (ex.: vento e água) quanto agentes bióticos (ex.: insetos, pássaros e morcegos). Em angiospermas, o pólen é geralmente transportado por insetos, aves ou morcegos, enquanto em gimnospermas o vento encarrega-se desta missão. A elevação da temperatura pode provocar a extinção de alguns desses agentes bióticos, além de outros fatores. O mutualismo é obrigatório, isto é, a ausência de uma das populações dificulta, ou mesmo impossibilita a existência da outra.
Grande parte das espécies que formam a biodiversidade está vulnerável às mudanças climáticas, e muitas possuem menores possibilidades de adaptação. Um dos principais problemas relativos à dinâmica do aquecimento global é como a adaptabilidade destas espécies será afetada por este fenômeno. As altas temperaturas podem apresentaram redução do tamanho do posterior fruto, se for o caso, e do número de flores polinizadas.
Para pesquisar sobre os botos podemos utilizar dois métodos, porque com a análise qualitativa trabalhamos com o subjetivo, a construção da realidade, e para isso é necessário saber qual o objetivo da pesquisa e qual o objeto de estudo. Já a análise quantitativa, nos dará mais precisão, pois ela além de ser objetiva , é palpável e mensurável, sendo responsável pelo levantamento dos dados estatístico e das coletas de dados.
O aquecimento global tem aumentado a cada dia, devido à enorme quantidade de gás CO2 que é emitido pela população mundial. O que acaba influenciando no metabolismo dos animais em especial dos botos, que possuem um metabolismo alto e precisam comer muito. Dependendo da espécie, cada indivíduo chega a ingerir 45 quilos de alimento por dia. Por isso, gastam muita energia procurando alimentos e freqüentam áreas de grande importância econômica para o País por suas características piscívoras, ou seja, onde há peixe, há golfinhos. E há problemas com a captura acidental em redes de pesca, um impacto que afeta mundialmente as populações costeiras de golfinhos. A poluição do ambiente que, por conseguinte dependendo do produto descartado, pode levar até a mortandade dos botos.
O metabolismo dos animais funciona da seguinte maneira: No calor, o consumo é reduzido para diminuir a taxa metabólica. Com isso, o tamanho dos órgãos diminui para que possa haver troca de calor entre o animal e o ambiente, o organismo produz calor o tempo inteiro (com seu metabolismo) e precisa eliminar parte desse calor para o meio. Se a temperatura do meio subir acima da corpórea, há dificuldade nessa troca, podendo até levar o animal à morte. Quando a UR% está baixa, há muita perda evaporativa pelo animal, o que causa desidratação da pele.
A temperatura influencia o transporte de íons na osmo-regulação. Portanto, um aumento na temperatura causa um aumento no transporte de íons, assim como uma diminuição acarreta uma redução no transporte de íons. Conseqüentemente, temperatura e salinidade atuam em conjunto.
Já as plantas também ha uma influencia com o aumento da temperatura, já o calor faz com a planta faça mais fotossíntese, ou seja, gaste mais energia havendo assim uma troca.
O principal fator que provoca a morte dos botos, contribuindo para seu eminente risco de extinção, é a morte acidental nas redes de pescas, que acontecem especialmente no período que vai do mês de dezembro até o mês de março, quando os pescadores adentram mais o mar para pescar e acabam capturando os botos acidentalmente. Sendo um mamífero, respira pelos pulmões, e quando fica preso nas redes morre afogado. Outras causas importantes de morte dos animais e a poluição e a degradação das águas costeiras, que interferem diretamente no habitat natural desses animais, assim como a destruição de manguezais e o assoreamento em regiões de estuários, que acabam comprometendo seriamente o habitat desses animais, assim como de outras espécies, colocando em risco a sobrevivência desta espécie de botos. Em todo o litoral, o boto-cinza é capturado para virar isca de tubarão.
Algumas ameaças que o boto sofre:
·         Caça comercial;
·         Utilização de suas partes para venda e crendices populares;
·         Interação com atividades pesqueiras;
·         Degradação do ambiente marinho pelo rápido crescimento das áreas costeiras;
·         Super-exploração dos estoques pesqueiros, o qual reduz o suprimento de alimentos;
·         Efluentes industriais carregando seus produtos químicos;
·         Aumento do numero de embarcações, resultando na mortalidade de cetáceos devido às colisões.
Em alguns estados o tratamento com animais, chamado zooterapia, deixou de ser uma terapia alternativa para ganhar reconhecimento no meio medico. No Amazonas, o boto é a estrela do zooterapia. Uma vez por semana, crianças com doenças graves, que se tratam no hemocentro de Manaus, vão até a mata para entrar na água, chegar perto dos animais e, assim, participar da bototerapia, para essas terapias é usado o boto cor-de-rosa.
 
http://bototerapia.com/home/index.php?option=com_content&view=article&id=1&Itemid=2
 
Legislação Brasileira de Proteção aos Cetáceos
Existem atualmente duas portarias e uma lei que visam proteger as espécies de cetáceos que ocorrem em águas brasileiras. São elas:
1 - Portaria nº N-011, de 21 de Fevereiro de 1986
"Proibir, nas águas sob jurisdição nacional, a perseguição, caça, pesca ou captura de pequenos Cetáceos, Pinípedes e Sirênios."
2 - Lei nº 7.643, de 18 de Dezembro de 1987
"Fica proibida a pesca, ou qualquer forma de molestamento intencional, de toda espécie de cetáceo nas águas brasileiras."
3 - Portaria nº 2.306, de 22 de Novembro de 1990
"Fica proibido qualquer forma de molestamento intencional a toda espécie de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras."

Vídeos de Bototerapia do Projeto Anahata

Apesar dessa espécie de boto não fazer parte do nosso bioma, serve como aprendizado.

A Bototerapia é um processo terapêutico, em liberdade, com vínculo lúdico e emocional entre
 os seres. o mito e a Natureza.






Bototerapia no tratamento de crinças especiais


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sotalia guianensis


Os cetáceos (baleias, botos e golfinhos), juntamente com os sirênios (peixe-boi), são os únicos mamíferos marinhos que passam toda a vida na água. O nome Cetáceo vem do grego Ketos que significa baleia ou monstro marinho.
O boto-cinza, Sotalia guianensis, é uma pequena espécie costeira de cetáceo que se distribui ao longo de praticamente toda a costa atlântica da América Central e do Sul. A sua ocorrência em áreas portuárias, faz com que a espécie seja vunerável a uma variedade de ações humanas, tais como, envolvimento em atividades pesqueiras que podem ocasionar capturas acidentais em artefatos de pesca, sendo essa a principal ameaça a espécie, poluição química da águadegradação de hábitats e exposições a embarcações motorizadas, que podem provocar alterações comportamentais ou até mesmo lesões corporais.

CARACTERIZAÇÃO DOS GRUPOS DE SOTALIA GUIANENSIS - NA BAÍA DE SEPETIBA, RJ

http://www.seb-ecologia.org.br/viiiceb/pdf/208.pdf

Boto-cinza




O boto-cinza é um dos menores cetáceos existentes. Seu tamanho máximo não ultrapassa os dois metros e meio de comprimento. A coloração varia de acordo com o habitat, mas em geral o dorso é escuro, indo desde a cor grafite, passando pelo amarronzado até o cinza claro. O ventre é mais claro, podendo ser branco ou rosado. Esses animais vivem aproximadamente até os 30 anos de idade e se tornam adultos a partir dos 6 anos. A fêmea tem somente um filhote a cada 3 anos. O filhote desmama em média com 1 ano de idade e se torna auto suficiente a partir dos 2 anos.
Os golfinhos da espécie Sotalia guianensis vivem em grupos que variam de poucos indivíduos (5-15), podendo chegar a mais de 50 animais. Entretanto, para a baía de Sepetiba e Paraty, já foi possível observar grandes grupos chamados “agregações” que passavam de 250 animais. Os botos provavelmente se agregam para alimentar de grandes cardumes de peixes. Os grupos coesos que esses animais formam sugerem uma forte ligação social entre os indivíduos, principalmente entre fêmeas e filhotes.
A dieta desses golfinhos é constituída de uma grande variedade de peixes, principalmente aqueles que formam cardumes, mas lulas e crustáceos também formam o cardápio desses animais. No ambiente aquático em que vive o boto-cinza a ecolocação é importante, pois, permite que os animais se desloquem, localizem objetos e pesquem com eficiência.

http://www.projetobotocinza.com.br/biologiaeecologia.htm

domingo, 26 de setembro de 2010

Sentinelas do mar

Botos-cinza ajudam a avaliar contaminação por mercúrio nos litorais norte e sudeste do país
Por: Barbara Marcolini
Publicado em 05/06/2009 | Atualizado em 09/10/2009

 Os botos-cinza são animais fiéis aos locais onde vivem, o que favorece seu uso no monitoramento ambiental dos mares. Fotos: Leonardo Flach / Projeto Amigos do Boto – Sepetiba, RJ.


Um estudo feito na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra pela primeira vez que os botos-cinza podem ser grandes aliados dos cientistas no monitoramento das condições dos mares brasileiros. A análise dos animais foi usada para apontar os níveis de contaminação por mercúrio nos litorais norte e sudeste do país e revelou que as atividades humanas nessas regiões já influenciam os ambientes marinhos.

Os botos-cinza (Sotalia guianensis), mamíferos da família dos golfinhos, são excelentes indicadores da poluição das áreas em que vivem, pois passam toda a sua vida – cerca de 30 anos – na mesma região, sempre em locais abrigados e próximos à costa. Além disso, a espécie está no topo da cadeia alimentar e, por isso, acumula mais contaminantes em seu organismo do que outros animais.

A contaminação por mercúrio representa uma ameaça não só a espécies marinhas. Em humanos, a absorção do metal pode levar a problemas como malformação fetal, lesões hepáticas e enfraquecimento do sistema imunológico.

O estudo, desenvolvido durante o mestrado do biólogo Jailson Fulgencio de Moura, sob a orientação do zoólogo Salvatore Siciliano, da Fiocruz, analisou amostras dos músculos dos botos-cinza. O material foi coletado de 20 animais encontrados encalhados entre as cidades de Saquarema e Quissamã, na Região dos Lagos (Rio de Janeiro), e de 29 animais acidentalmente recolhidos por redes de pesca na região entre o Cabo Orange (Amapá) e a Ponta de Tubarão (Maranhão). As amostras foram analisadas no laboratório da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Segundo Moura, essas áreas foram escolhidas para a análise por sofrerem grande influência dos rios Paraíba do Sul e Amazonas. Em seu percurso, que inclui diversas regiões habitadas, esses rios poderiam receber contaminantes e levá-los para o mar.

Contaminação no sudeste 


Análises de amostras dos músculos de botos-cinza apontam contaminação por mercúrio no litoral do Rio de Janeiro, mas os níveis do metal são baixos e ainda não afetam a vida dos animais marinhos.
Os resultados do estudo indicam que as atividades econômicas na região sudeste já influenciam a vida marinha no litoral fluminense. Os animais apresentaram em média 1,07 microgramas de mercúrio por grama de tecido (µg/g). Embora não seja alarmante, esse valor mostra que o metal está sendo levado para o mar.

Para o biólogo, o mercúrio encontrado pode ser decorrente de produtos usados na indústria e na agricultura da região. “Parte dessa contaminação pode ser reflexo do uso de agrotóxicos no plantio da cana-de-açúcar no norte do estado, pois, apesar de já terem sido proibidos, esses compostos permanecem na natureza durante anos”, supõe.

Já no norte do país o pesquisador foi surpreendido pelos baixíssimos níveis de mercúrio encontrados no tecido dos botos-cinza: uma média de 0,38 µg/g. A suspeita de contaminação do litoral dessa região devido às atividades do garimpo no rio Amazonas foi um dos fatores que motivaram o estudo. “Acreditamos que o mercúrio usado no garimpo tenha sido absorvido por sedimentos do rio, já que ele não foi detectado entre as espécies que habitam a foz”, afirma Moura.

O pesquisador ressalta que os níveis de mercúrio no litoral brasileiro ainda são bastante baixos e não afetam os animais marinhos. “O mesmo não acontece no mar Mediterrâneo e no mar do Norte, por exemplo, aonde as concentrações do metal em animais já chegaram a 60 µg/g”, compara.

Moura acrescenta que os dados coletados não são suficientes para uma análise mais ampla da contaminação do litoral brasileiro. “Além disso, não podemos garantir como estarão as condições do ambiente marinho daqui a alguns anos.”



Barbara Marcolini Ciência Hoje On-line
05/06/2009
  http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/ecologia-e-meio-ambiente/sentinelas-do-mar/?searchterm=boto





 

Japão prevê perdas milionárias com águas-vivas gigantes

ESTADÃO 23/07/2009

Uma quantidade incalculável de águas-vivas gigantes, vindas do Mar Amarelo, na China, deve chegar nos próximos meses ao Mar do Japão e causar prejuízos que podem passar dos US$ 320 milhões, segundo estimativas da indústria pesqueira.

Pesquisadores já alertarem que este ano o fenômeno, que acontece desde 2002, vai ter um efeito devastador para os pescadores. Em muitas regiões, a expectativa é de uma queda de 80% na produção.

No país onde a pesca é uma das principais atividades econômicas, o resultado poderá realmente ser desastroso.

As criaturas marinhas, chamadas de Echizen Kurage em japonês ou Nomura, chegam a medir quase 2 metros de diâmetro e pesam mais de 200 quilos.

"Desde o mês passado estamos observando o comportamento de um grupo muito grande que se encaminha para o litoral japonês", contou à BBC Brasil o biólogo oceanógrafo Shinichi Ue, da Universidade de Hiroshima, que também faz parte de um grupo criado pelo governo para sugerir meios de combater a invasão e diminuir os danos.
http://sosriosdobrasil.blogspot.com/2009/07/aguas-vivas-gigantes-invadem-o-mar-do.html